O “Joker” tomou conta de Gotham City
Nem sei que vos diga! A Décima Quarta Emenda à Constituição dos Estados Unidos foi adotada em 9 de julho de 1868 e dispõe que «todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas à sua jurisdição, são cidadãos dos Estados Unidos e do Estado em que residem».
Isto não impediu Donald Trump, no dia da sua inauguração como 47º presidente dos Estados Unidos, de assinar uma ordem executiva a retirar a certeza da nacionalidade americana a quem tenha nascido nos Estados Unidos.
É inconstitucional? É. Trump até reconhece que sim, e sabe que para emendar a constituição americana necessitaria de dois terços dos votos do Congresso que não tem nem vai ter, mas o que é isso perante a sua vontade indómita e determinada? Isto é apenas um exemplo do que pretende fazer ao longo dos próximos quatro anos: não deixar pedra sobre pedra.
Já nem falo daquelas taradeiras mais óbvias, como a ameaça de incorporar o Canadá nos Estados Unidos, de invadir a Groenlândia, de retomar pela força o canal do Panamá, de perseguir judicialmente e prender os adversários políticos, de impor tarifas comerciais violentas ao resto do mundo, muito graves na generalidade, brutais nos casos dos países de que ele, Trump, não gosta ou que quer chantagear para os forçar a obtemperar e consentir nas brutalidades que lhe ocorrem.
Qualquer destas coisas tem a potencialidade de contribuir fortemente para destruir o mundo em que vivemos, ou pelo menos deixá-lo muito pior, muito mais perigoso, mas é necessário que o resto do mundo reconheça uma coisa: que aquilo que o actual ocupante da Casa Branca diz que tem a intenção de fazer, tem realmente a intenção de fazer e vai fazer ou tentar fazer.
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