Movimento cívico inicia processo de desagregação de freguesia
Um movimento cívico entregou uma petição pedindo a reposição da freguesia de Salir do Porto, no concelho das Caldas da Rainha, que em 2013 tinha sido agregada numa união de freguesias.
A petição, entregue pela Associação Amigos de Salir do Porto (AASP) ao atual executivo da União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto, solicita que se dê início ao processo de desagregação desta vila para “corrigir um erro crasso de gestão do ordenamento do território”, resultante da agregação aquando da reorganização administrativa de 2013.
A população de Salir do Porto “sempre manifestou a sua oposição à perda da sua soberania autárquica”, pode ler-se no documento subscrito por 334 pessoas, que lamentam que nem a câmara nem a Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, tenham encetado o processo que permitiria a reposição da Freguesia de Salir do Porto.
A associação pretende agora que essa reposição possa ser feita “a seguir às eleições autárquicas”.
“Esperemos que este processo ande rápido na Assembleia de Freguesia, para seguir depois para a Assembleia Municipal”, afirmou o porta-voz da associação, Arnaldo Custódio, informando que estão já a ser dados passos como “a elaboração de um estudo económico sobre as duas freguesia, que ficarão separadas”.
“Não há ninguém de Salir do Porto que não queira isto”, afirmou o presidente da Assembleia da União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto, Bernardo Ferreira, que na sessão publica de entrega da petição se comprometeu a marcar uma reunião daquele órgão para que a reposição da freguesia de Salir do Porto seja “discutida com a população" e posteriormente votada.
O presidente da União de Freguesias, João Lourenço, manifestou-se igualmente favorável ao processo de desagregação.
O concelho das Caldas da Rainha conta atualmente com 12 freguesias, das quais três são uniões de freguesias.