A posse de Donald Trump como presidente dos Estados-Unidos está a fazer correr rios de tinta e de muitas horas das televisões em todo o mundo, com muito pouco proveito na análise serena das probabilidades futuras. Ao nível dos povos, há os que gostam do novo habitante da Casa Branca e os que o detestam e ao nível dos governos há os que o receiam e os que esperam aproveitar os erros prováveis em seu benefício.

Nas duas últimas edições desenvolvi uma tese que considero inovadora e que ainda não vi reproduzida noutros locais, acerca das reais intenções da dupla Trump/Musk, sobre aquilo que podemos antecipar como uma tentativa de domínio político e económico do planeta. Tentativa que se baseia na imagem de poder dos Estados Unidos, no seu potencial económico e na utilização pouco ortodoxa dos meios de comunicação e das redes sociais. Trata-se de utilizar noutros países e regiões a capacidade de atracção sobre as populações pobres e pouco letradas, da política espectáculo que tão bom resultado deu em casa.