Parlamento unânime no pesar pela morte do antigo jornalista Nuno Roby
O parlamento aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar apresentando pela Iniciativa Liberal pela recente morte do jornalista Nuno Roby, no qual que se destaca a sua irreverência, vasta cultura e amor pela liberdade.
Licenciado em arqueologia e assessor de imprensa do Grupo Parlamentar da IL, Nuno Gonçalo Domingos de Faria Roby Amorim morreu aos 62 anos no domingo passado.
“Nuno Roby Amorim foi sempre um grande amante da liberdade. Viveu a vida com intensidade. Impaciente e intuitivo, possuía um refinado sentido de humor e uma vasta cultura. Por onde passou deixou a sua marca inquieta, convicta, culta e apaixonada face à vida e aos seus muitos prazeres. Ficará para sempre nas nossas memórias”, lê-se no voto subscrito pelos oito deputados da IL.
No texto, que foi lido por Rodrigo Saraiva e que se comoveu por diversas vezes durante a leitura, assinala-se que Nuno Roby fez o primeiro curso de formação da TSF e que em 25 de agosto de 1988 foi o primeiro jornalista a informar sobre o incêndio no Chiado, em Lisboa, “marcando a história do país e da estação”.
“Sete anos depois, mudou-se para a televisão. Com um faro inato para a notícia, levou consigo a irreverência da rádio e o instinto do relato de rua. Trabalhou na RTP, TVI e SIC, Euronews e ITN. Especializou-se em política e cobriu todas as grandes campanhas eleitorais”, refere-se.
Ainda em relação ao seu percurso profissional, no voto lembra-se que Nuno Roby foi correspondente da TVI em Bruxelas, enviado especial a dezenas de países, tendo sido “o primeiro português a entrar no Afeganistão após a invasão norte-americana, em 2003, sempre com o seu estilo, rigor e inconformismo inconfundíveis”.
“A sua prática e empenho num jornalismo livre e independente deixou repercussões por onde passou, com reconhecimento e admiração de colegas de profissão. A sua carreira ilustra na perfeição a função vital que o jornalismo deve ter numa sociedade democrática”, salienta-se.
Fora do jornalismo, refere-se que em 2010 “trocou” o jornalismo pela assessoria, esteve na Embaixada de Marrocos e na autarquia de Lisboa”.
“Era assessor de imprensa da IL desde 2022. Amante e praticante de remo, começava grande parte dos dias no Tejo”, acrescenta-se.