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Museu de Arte Antiga encerra galeria de pintura europeia a partir de março para obras

Reabertura está prevista para maio de 2026, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência

O Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, anunciou hoje que encerrará a Galeria de Pintura Europeia para obras a partir de 3 de março, prevendo-se a reabertura em maio de 2026, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.

Em comunicado, o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) indica que continuarão disponíveis ao público todas as outras salas expositivas, desde as artes decorativas, presépios, mobiliário, joalharia, têxteis, cerâmica e pintura e escultura portuguesas desde a Idade Média até ao século XIX.

Contactada pela Lusa, fonte do museu adiantou que o acervo patente na Galeria de Pintura Europeia será guardado nas reservas enquanto decorrerem as obras, nos cerca de 14 meses seguintes.

A partir de 03 de março, as peças da autoria de artistas como Hieronymus Bosch (1450-1515), Piero de la Francesca (1412-1492), Albrecht Durer (1471-1528) e Lucas Cranach (1472-1553) serão retiradas e guardadas para execução das obras no edifício no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

No MNAA continuarão abertas ao público as salas das Artes Decorativas Europeias, a Galeria dos Têxteis, a Sala do Mezanino, as Salas do Presépio Português e a Galeria de Mobiliário, as salas das Artes da Expansão, a secção de Joalharia e Ourivesaria, as Salas de Cerâmicas e a Galeria de Pintura e Escultura Portuguesas, assim como o restaurante e o jardim.

De acordo com informação do portal Mais Transparência, em 2024, no âmbito do PRR, foi atribuído um financiamento de 4,97 milhões de euros para intervenções no MNAA.

As obras inscritas no projeto – segundo o mesmo portal – abrangem a conservação/beneficiação da fachada norte, reabilitação/remodelação das coberturas (ala do antigo Palácio Alvor) e a conclusão do restauro da Capela das Albertas.

Criado em 1884, o MNAA reúne atualmente um acervo de cerca de 40 mil peças, albergando a mais relevante coleção pública do país em pintura, escultura, artes decorativas – portuguesas, europeias e da Expansão –, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como "tesouros nacionais", assim como a maior coleção de mobiliário português.

No acervo encontram-se, nos diversos domínios, algumas obras de referência do património artístico mundial, nomeadamente, os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV.

O PRR é um programa europeu de aplicação nacional, com um período de execução até 2026, que visa implementar um conjunto de reformas e investimentos destinados a repor o crescimento económico sustentado, após a pandemia.

 

Fevereiro 4, 2025 . 18:09

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