Última Hora
Pub

Hospital de Ponta Delgada volta a prestar todos os serviços com infraestrutura modular

O maior hospital dos Açores foi afetado por um incêndio em 2024 que obrigou a deslocalizar serviços e doentes do HDES para outras unidades de saúde

O hospital de Ponta Delgada voltou hoje a ter capacidade para assegurar os cuidados que prestava antes do incêndio, com a operacionalização plena da infraestrutura modular, tendo já recebido os doentes que estavam internados na CUF.

Em declarações à comunicação social, a presidente do conselho de administração do Hospital Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada, Açores, congratulou-se com o encerramento da urgência da unidade de saúde que funcionava no hospital privado da CUF, nove meses após o incêndio de 4 de maio.

Estamos, hoje, dia 5 de fevereiro de 2025, nove meses passados do incêndio, a sair do hospital da CUF […]. Foram transferidos 24 doentes, oito crianças e 16 adultos. Desses adultos, vieram dos cuidados intensivos quatro doentes, do internamento cirúrgico oito doentes, da obstetrícia quatro pessoas com quatro bebés”, indicou Paula Macedo, que falava na nova infraestrutura modular.

A presidente da administração do HDES sinalizou que a transferência dos doentes do hospital CUF, na Lagoa, foi realizada em menos de três horas e meia e enalteceu o trabalho da Proteção Civil e da direção regional da Saúde.

A também diretora clínica do hospital de Ponta Delgada destacou ainda o “total sucesso” da operação: “O sucesso é sempre fazer com segurança”, afirmou.

Por sua vez, o enfermeiro chefe da unidade salientou que a partir de hoje a infraestrutura modular, construída na zona contígua ao edifício do HDES (na zona do antigo heliporto), está a funcionar em pleno.

A partir deste momento o hospital modular está em condições de operar na total capacidade que tem instalado, está tudo operacional. As formações aos técnicos estão asseguradas, o edifício está em condições para operar. Tudo devidamente a operar em condições”, assegurou.

Pedro Brázio explicou também que o serviço de urgência fica “absolutamente autónomo” no hospital modular, onde vão ser realizados a “maior parte” dos exames.

Contudo, ressalvou, vai existir “sempre a necessidade” de transportar doentes entre os dois edifícios em determinadas situações.

Vamos ter sempre a necessidade de ter um transporte de doentes entre os dois edifícios. Temos capacidade instalada aqui [modular] e temos outra capacidade instalada no edifício mãe. Vamos ter de fazer esse transporte não só para gerir as vagas, como o atendimento de doente crítico e não crítico”, afirmou.

O enfermeiro alertou que esta ainda não é a “normalidade absoluta”, uma vez que os serviços vão estar dispersos entre edifícios.

Regressámos ao tempo hospitalar do HDES o que significa que temos todas as respostas dentro do nosso ‘campus’ hospitalar. O que prevemos é a normalidade possível nestas circunstâncias, que permita que facultemos os cuidados de saúde com maior segurança e otimização dos circuitos”, reforçou.

Na terça-feira, a diretora da urgência do HDES anunciou que o serviço de urgência na infraestrutura modular iria abrir hoje.

O hospital de Ponta Delgada, o maior dos Açores, foi afetado por um incêndio a 4 de maio de 2024, que obrigou a deslocalizar serviços e doentes do HDES para outras unidades de saúde na região, para a Madeira e para o continente.

Entretanto, o executivo dos Açores instalou um hospital modular para garantir a transição até à requalificação estrutural do HDES, onde já investiu cerca de 30 milhões de euros.

Fevereiro 5, 2025 . 18:55

Partilhe este artigo:

Junte-se à conversa
0

Espere! Antes de ir, junte-se à nossa newsletter.

Comentários

Seguir
Receba notificações sobre
0 Comentários
Feedbacks Embutidos
Ver todos os comentários
Fundador: Adriano Lucas (1883-1950)
Diretor "In Memoriam": Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: Adriano Callé Lucas
94 anos de história
bubblecrossmenuarrow-right