Espólio documental doado ao município enriquece “história” do concelho

O fundo documental de António Baroseiro Júnior e a coleção do jornal ‘A Voz do Povo’ vão passar a pertencer ao município da Marinha Grande, depois do líder do executivo ter celebrado contratos de doação com João Beltrão e Luís Abreu e Sousa.
Citado numa nota de imprensa do município, o autarca marinhense, Aurélio Ferreira, salientou que as doações “reúnem um valioso conjunto de documentos e registos sobre a história” da comunidade da Marinha Grande, permitindo à autarquia “dar continuidade ao trabalho de preservação do património documental local, essencial para o estudo, a memória e a identidade da Marinha Grande”.
Segundo o município da Marinha Grande, o fundo documental doado por João Beltrão em nome da família foi produzido no âmbito da atividade profissional de António Baroseiro Júnior, que foi técnico de desenho em projetos de arquitetura, lecionou e colaborou com diversos arquitetos, incluindo Camilo Korrodi e António Santa Rita, entre os anos de 1940 e 1980.
Deste fundo documental constam processos de desenhos, slides fotográficos, revistas e alguns objetos de trabalho, através dos quais é possível conhecer o desenvolvimento da sua atividade profissional, bem como compreender as suas práticas.
De acordo com a autarquia, a salvaguarda patrimonial dessa documentação “enriquece a história arquitetónica do concelho e permite conhecer realidades sociais e económicas de outros tempos, preservando a sua memória para as gerações vindouras”.
Já a coleção de Jornais ‘A Voz do Povo’ foi doada por Luís Abreu e Sousa e, segundo realça o município, “revela elevado interesse no que respeita à Seção da Marinha Grande, sendo rara a sua existência”.
As datas extremas dos jornais situam-se entre 1924 e 1925. Os jornais, de uma forma geral, encontram-se em “bom estado de conservação, carecendo de tratamento arquivístico, nomeadamente descrição e acondicionamento, digitalização, entre outros”, refere a autarquia.
No entender do município da Marinha Grande, a salvaguarda patrimonial daquele jornal “enriquece” igualmente a “história do concelho”.