Marianne Faithfull morreu no passado dia 30, em Londres, aos 78 anos. A imprensa mundial destacou a notícia da sua morte, referindo-se a Marianne como a cantora e atriz, com “As tears go by” em “sub-título”. Não é incorreto, nem injusto, mas Marianne sendo a cantora de “As tears go by”, foi também (realço o também) muito mais do que isso.
Nasceu em 29 de dezembro de 1946, em Londres, com o nome completo de Marianne Evelyn Gabriel Faithfull. Aos 18 anos tentava a sua carreira como cantora folk, em bares londrinos e vai parar a uma festa organizada pelos Rolling Stones. E tudo mudaria a partir desse dia.
Qual passo de magia, o seu primeiro single seria escrito por, imagine-se, Mick Jagger, Keith Richard e o produtor e compositor Andrew Oldham. E que single? “As tears go by”, pois claro, que chegaria ao “top 10” britânico de vendas.
Com o sucesso a estoirar, casa com John Dumbar em 1965 e tem um filho, mas a relação artística com Mick Jagger segue para outros caminhos e no ano seguinte, Marianne e Mick passam a viver juntos. Em simultâneo começa uma passagem pelo inferno das drogas, que influenciariam a sua vida e a sua carreira, com episódios degradantes vividos na linha da frente do universo musical britânico, mas que, de certa forma, criaram a imagem de musa rebelde, sempre rodeada das grandes estrelas do rock.