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Marques Mendes avisa que cargo exige experiência política e não é tempo de “tiros no escuro”
O candidato a Presidente da República Marques Mendes defendeu hoje que o cargo de chefe de Estado deve ser exercido por quem tem experiência política, avisando que os tempos não recomendam “aventuras, experimentalismos ou tiros no escuro”.
Luís Marques Mendes falava na apresentação da sua candidatura a Belém, que decorre em Fafe (distrito de Braga), a terra onde cresceu e iniciou a sua vida política, no auditório de um lar com o nome do seu pai, António Marques Mendes, com capacidade para cerca de 200 pessoas, mas muitas pessoas de pé,
O candidato, que já foi deputado, autarca, ministro de quatro governos e líder do PSD, fez questão de destacar a sua experiência política como uma mais-valia para o cargo de Presidente da República.
“O cargo de Presidente da República é um cargo eminentemente político. Assim sendo, deve ser exercido por quem tem experiência política. Não existe uma Presidência sem política”, afirmou, considerando que nas presidenciais de janeiro de 2026 “a questão é que tipo de política deve guiar a Presidência”.
O antigo líder parlamentar do PSD considerou que, em tempos de incerteza mundial e nacional, “com um parlamento mais polarizado, dividido e fragmentado do que nunca”, exigem-se duas condições ao chefe do Estado.
“O tempo que vivemos nem aceita política sem princípios, nem recomenda política sem experiência. Não é tempo de aventuras, experimentalismos ou tiros no escuro", disse, numa altura em que as todas as sondagens colocam na frente o almirante Henrique Gouveia e Melo, antigo chefe de Estado Maior da Armada, que nunca exerceu qualquer cargo político.
Mendes recordou o seu percurso político, como secretário de Estado, como ministro de quatro Governos, como deputado, como líder partidário e como conselheiro de Estado ao longo dos últimos 15 anos.
“É um percurso político de que me orgulho. Num momento em que tantas interrogações se colocam sobre a política e tantos parecem interessados em esconder que fazem política, sinto que devo reafirmar a minha história política e sinto-me confortado pela forma Íntegra como sempre fiz política. A experiência não é tudo. Mas só a experiência garante segurança e previsibilidade”, defendeu.
Tal como já tinha afirmado, Marques Mendes considerou que a sua candidatura a Belém pode ser útil ao país.
“Ao longo de uma vida, todos temos sempre momentos especiais. Desde logo, momentos de afirmação, decisão e retribuição. Este é um desses momentos. Um momento de retribuir. Retribuir ao meu país o muito que o país me deu ao longo de anos. Em conhecimento, experiência e oportunidades”, afirmou.
O antigo líder do PSD disse entrar nesta candidatura “de forma convicta, genuína, empenhada” e para vencer.
“Tudo farei para merecer a confiança maioritária dos Portugueses (…) Estou aqui ao lado dos portugueses. Estou aqui para os ouvir e ser a sua voz. Estou aqui para ajudar a renovar a esperança”, afirmou, terminando a sua intervenção de cerca de vinte minutos dizendo que “Portugal vale sempre a pena”.
O Presidente da República já anunciou que tenciona marcar as presidenciais de 2026 para 25 de janeiro, calhando uma eventual segunda volta em 15 de fevereiro, três semanas depois.
Luís Marques Mendes fez a apresentação da sua candidatura com quase um ano de antecedência – na véspera da data escolhida pelo anterior chefe de Estado Jorge Sampaio, que se apresentou como candidato em 7 de fevereiro de 1995.
Sem convites a figuras nacionais nesta primeira apresentação, marcaram presença em Fafe os ex-ministros Miguel Macedo e Silva Peneda, os presidentes da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, e de Boticas, Fernando Queiroga, além do secretário-geral adjunto do PSD e deputado por Aveiro Paulo Cavaleiro.