Decretada prisão preventiva para fugitivo de Vale de Judeus capturado em Espanha
Um dos fugitivos da prisão de Vale de Judeus capturado em Espanha, Rodolfo Lohrman, já foi presente a um juiz em Madrid, onde ficará em prisão preventiva à espera de uma decisão sobre o pedido de extradição para Portugal.
O outro fugitivo de Vale de Judeus também detido na quinta-feira em Espanha, Mark Roscaleer, será levado à Audiência Nacional no domingo, como disseram hoje o diretor nacional da Polícia Judiciária portuguesa, Luís Nave, e o diretor-geral da Polícia Nacional de Espanha, Francisco Pardo Piqueras, numa conferencia de imprensa em Madrid.
Segundo fontes citadas pela agência de notícias EFE, o juiz, decretou prisão preventiva sem fiança para Rodolfo Lohrman.
Luís Naves disse hoje em Madrid que a expectativa é que os dois homens sejam extraditados rapidamente para Portugal.
Rodolfo Lohrman, cidadão argentino de 59 anos, e Mark Roscaleer, britânico de 36, foram detidos na quinta-feira em Alicante, no sudeste de Espanha, ao abrigo de um mandado de detenção europeu emitido por Portugal, um instrumento jurídico que é agilizado mais rapidamente do que outros mandados de detenção internacionais, explicou Luís Neves.
O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) afirmou que a expectativa é que esse mandado de detenção europeu seja executado pelas autoridades judiciais espanholas "num curto prazo" e que "nos próximos dias" haja uma decisão de extradição para Portugal, apesar de ambos serem procurados pela justiça de outros países.
Os últimos dois dos cinco evadidos da prisão de Vale de Judeus, em 7 de setembro de 2024, foram recapturados em Alicante, pela Policia Nacional de Espanha, "depois de um persistente e ininterrupto trabalho de recolha e de troca de informação" entre a PJ e as autoridades espanholas, anunciou a Polícia Judiciária na quinta-feira.
Luís Neves e Francisco Pardo Piqueras explicaram que um dos detidos seria já hoje levado perante um juiz da Audiência Nacional de Espanha, em Madrid, e que o outro será colocado à disposição da Justiça no domingo.
Os mandados de detenção europeus "normalmente são executados num curto espaço de tempo", embora possa haver oposição dos detidos, "mas em princípio serão extraditados".
"Se não houver oposição, ou outros factos que desconhecemos, e se for decretada a extradição, será executada nos próximos dias", disse Luís Neves, que explicou que será à partida um processo mais ágil do que aquele que envolve o fugitivo recapturado em Marrocos ao abrigo de um mandado de detenção internacional (não europeu), em outubro, que tem nacionalidade portuguesa e permanece sob custódia das autoridades marroquinas.