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Produtores temem exclusão dos apoios do Governo à doença da língua azul
A Confragri e a Fenapecuária manifestaram preocupação face às medidas de apoio do Governo relativas à doença da língua azul, temendo que estas excluam um “número significativo de produtores pecuarios", avançaram as cooperativas em comunicado.
A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confragri) e a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores Pecuários (Fenapecuária), afirmam que os critérios exigidos para os apoios financeiros são “excessivamente restritivos” pois “exigem um prejuízo superior a 30% do potencial produtivo da exploração e um intervalo de investimento entre 1.000 e 400.000 euros”.
As cooperativas dizem ainda que o impacto da regras de identificação animal “pode resultar na subestimação dos prejuízos”, o que afeta a elegibilidade dos produtores para os apoios.
O secretário-geral da CONFAGRI, Nuno Serra, considera ainda que, “apesar de o Governo reconhecer a gravidade da situação, as soluções apresentadas não abrangem de forma justa e eficaz todos os criadores prejudicados por este surto”.
Da mesma forma, o vice-presidente da Fenapecuária, João Barros, defende que “é urgente que o Governo reveja os critérios de apoio, assegurando que nenhum produtor afetado fique sem auxílio”.
Entre as soluções defendidas pelas organizações está a reintrodução da vacinação obrigatória contra todos os serotipos da doença em circulação, com o intuito de prevenir futuros surtos e minimizar a mortalidade animal.
“Sugere-se, ainda, a implementação urgente de um sistema de indemnização similar ao adotado para a gripe aviária, para garantir um apoio justo e adequado às perdas diretas e indiretas, incluindo o impacto na reprodução e na produção leiteira e de carne”, lê-se em comunicado.