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Ministro da Presidência fala em “ajustamento normal” na equipa
O ministro da Presidência afirmou hoje que os seis novos secretários de Estado foram unicamente escolhidos por critérios capacidade pessoal, profissional e política, “num ajustamento normal” no Governo, e desvalorizou a “especulação vã e inútil”.
António Leitão Amaro falava no final da reunião do Conselho de Ministros, depois de questionado sobre a primeira remodelação no Governo chefiado por Luís Montenegro, designadamente sobre a escolha controversa do deputado do PSD e ex-presidente da Câmara de Vagos Silvério Regalado e sobre a ausência de mudanças no setor da Saúde.
O ministro da Presidência começou por defender que as mudanças nos governos “são normais, embora o atual seja poupadíssimo comparado, por exemplo, com o anterior”.
“Estamos perante um ajustamento normal na equipa, feito com discrição, no momento adequado, envolvendo a entrada de pessoas novas, todas de grande talento. As escolhas foram feitas unicamente considerando e respeitando em absoluto e de forma escrupulosa capacidades pessoais, profissionais e políticas de cada uma das personalidades”, sustentou António Leitão Amaro.
O titular da pasta da Presidência acentuou que este “foi o único critério que justificou a seleção dos seis novos secretários de Estado que iniciarão funções daqui a pouco”, num executivo que “continua com forte vigor reformista”.
António Leitão Amaro aproveitou depois para deixar alguns avisos, embora sem especificar destinatários, após ter sido interrogado sobre outras mudanças que se admite que podiam ter chegado a outros setores do executivo.
“Não são alvitres na praça pública que comandam a ação do governo. Talvez quem estava habituado a querer comandar a agenda mediática esteja desolado com a tranquilidade mediática com que o Governo e, em particular, primeiro-ministro conduz tudo o que tem a ver com a governação em geral, mas, em particular, também com a composição do Governo”, declarou.
O ministro da Presidência frisou que “a formação e recomposição” do Governo foram feitas com “uma tranquilidade, um recato que não deixa muito espaço para essa especulação bastante vã e inútil”.
“A partir do momento que alguém aparece a fazer especulações, todas as perguntas dos jornalistas são legítimas, mas nós dizemos que há especulações que são vãs. Este Governo, este primeiro-ministro já habituou o país ao recato, ao sentido institucional”, insistiu.
Perante os jornalistas, o titular da pasta da Presidência também advogou que o recente “ajustamento” foi feito num tempo “bastante parco para o habitual no passado, sobretudo olhando para o exemplo do último, que teve grande perturbação interna”.
Interrogado se os atuais membros do executivo continuam a preencher um questionário de controlo de eventuais incompatibilidades e impedimentos a antes de iniciarem funções governativas, o ministro respondeu que “todos os membros do Governo que iniciam funções cumprem todas as regras que estão nas leis e nos regimes jurídicos aplicáveis, nos quais se inclui esse questionário inicial e, igualmente, as declarações a depositar na Entidade para a Transparência”.
Face à insistência dos jornalistas na questão relativa à escolha de Silvério Regaleiro, que foi presidente de uma autarquia que fez contratos com um escritório de advogados de Luís Montenegro, António Leitão Amaro repetiu que “toas as escolhas feitas dos novos secretários de Estado respeitaram em absoluto o critério das capacidades pessoais, profissionais e políticas de cada um”.