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Pedro Nuno responsabiliza Montenegro pelas “más soluções” para o SNS
O secretário-geral do PS responsabilizou hoje o primeiro-ministro pelas “más soluções políticas” que estão a ser adotadas para o SNS, considerando que estão a criar-se “barreiras no acesso à saúde”, como aconteceu no recente caso em Évora.
Pedro Nuno Santos visitou esta manhã uma ação numa escola em Lisboa do programa Escola Segura, da PSP, tendo insistido em explicações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, não só sobre a empresa familiar, mas também sobre os problemas “na sociedade portuguesa que não estão a ter resposta”.
“Ainda ontem [terça-feira] há um paciente que tem um princípio de AVC à porta do hospital, não pôde entrar, teve que chamar uma ambulância que demorou 20 minutos a chegar para fazer 25 metros”, relatou, referindo-se a uma notícia da SIC.
Segundo o líder do PS, “as soluções políticas que o Governo tem adotado para resolver as dificuldades no SNS são más, estão a criar barreiras no acesso à saúde”.
Questionado sobre se a responsabilidade não seria da ministra da Saúde, Pedro Nuno respondeu com uma pergunta: “Ai o primeiro-ministro não tem responsabilidades?”.
“Se o primeiro-ministro não tem responsabilidades nós não precisamos de um primeiro-ministro. O primeiro-ministro é o responsável máximo pela situação do SNS em Portugal, por todas as áreas”, defendeu.
Para o líder do PS, como foi Luís Montenegro que decidiu, numa remodelação ao Governo em que mexeu em seis ministérios, “manter toda a equipa governativa da saúde”, a responsabilidade é mesmo sua.
Na terça-feira, o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, da CDU, anunciou que vai pedir esclarecimentos ao hospital da cidade após ter sido alegadamente negado socorro a homem que se sentiu mal perto da unidade hospitalar.
Pinto de Sá considerou que, a confirmarem-se as notícias, “é preocupante e não faz sentido nenhum que uma pessoa que se sinta mal perto do hospital não tenha assistência do hospital”.
O pedido de esclarecimentos do autarca surge depois de uma notícia, divulgada hoje pela SIC, a dar conta da alegada recusa de socorro do hospital de Évora a um homem que se sentiu mal e caiu a poucos metros da urgência.
Segundo o canal televisivo, as pessoas que passavam na rua pediram auxílio ao hospital, que estava a cerca de 20 metros de distância, mas foi-lhes respondido que teriam de ligar para o número de emergência 112.
A ambulância chegou ao local 20 minutos depois, fazendo o transporte do homem até à urgência hospitalar, situada do outro lado da rua.
De acordo com a SIC, o homem terá tido um princípio de acidente vascular cerebral (AVC).