Turismo religioso como caminho de Paz em debate

Pode o turismo religioso constituir-se como ocasião e como prática para o encontro pacífico entre culturas e religiões? De que forma as viagens e o turismo ajudam a construir pontes, ligações, ocasiões de diálogo e de fraternidade entre os seres humanos, nomeadamente entre religiosos de diferentes tradições? Qual é o papel da viagem na vida religiosa e espiritual das mais praticadas religiões do mundo? E nas outras? Como se manifesta o valor do acolhimento dos viajantes e turistas nos Textos Sagrados e na mundividência religiosa?
Estas e outras perguntas estarão em reflexão na conferência inter-religiosa ‘Turismo Religioso como Caminho de Paz e Fraternidade Humana’, agendada para a manhã inaugural da 12ª edição dos Workshops Internacionais de Turismo Religioso (IWRT), a 6 de março, em Fátima.
Com líderes e representantes de várias tradições religiosas, a conferência decorre em formato de mesa-redonda, integrada na manhã inaugural dos XII IWRT, com início às 09h00 no Auditório do Centro Pastoral de Paulo VI, no Santuário de Fátima.
A moderação da mesa-redonda estará a cargo de Fabrizio Boscaglia, subdiretor do Mestrado em Ciência das Religiões da Universidade Lusófona e docente no Turismo de Portugal, curador convidado no Museu Calouste Gulbenkian e na Biblioteca Nacional de Portugal e consultor no King’s College (Londres).
O painel de conferencistas integra Abdullah Seedat, Imã da Comunidade Islâmica de Palmela, Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, Isaac Assor, ex-vice-presidente da Comunidade Judaica de Lisboa, Paulo Borges, ex-presidente da União Budista Portuguesa, professor de Filosofia da Religião na Universidade de Lisboa, Sandra Reis, presidente da Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, e Shiv Kumar Singh, representante da Comunidade Hindu de Portugal, professor de Culturas da Índia na Universidade de Lisboa
Esta conferência, nas palavras da Organização do evento, liderada pela Associação Empresarial de Ourém-Fátima (ACISO), será realizada "em clima universalista, ecuménico e fraterno, ideal para se debater o tema do Turismo Religioso na contemporaneidade e para refletir sobre o valor e a prática da Paz, num mundo onde é urgente despertar, reforçar e implementar atitudes e ações em prol da Fraternidade Humana”, como “um espaço de reflexão aberto, que coloca o turismo religioso no centro da discussão sobre a construção da paz num mundo cada vez mais fragmentado”.