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Integração de Óbidos no Geoparque Oeste candidata à Unesco

A candidatura para a integração de Óbidos neste Geoparque Mundial da Unesco será apresentada entre outubro e novembro, após o que será avaliada pela Unesco no início de 2026 e a decisão será conhecida em 2027.

A integração de Óbidos no Geoparque Oeste vai ser candidatada à Unesco no final deste ano e deverá ser aprovada em 2027, aumentando em pelo menos uma dezena os geossítios já identificados neste geoparque mundial.

“Com este alargamento teremos aqui, certamente, cerca de 10 novos geossítios já identificados, uma nova cidade criativa da Unesco [sendo a primeira Caldas da Rainha] e dois novos núcleos de pegadas de dinossauros”, afirmou hoje o diretor executivo do Geoparque Oeste, Miguel Reis Silva, na apresentação pública do Processo de Integração de Óbidos.

A candidatura para a integração de Óbidos neste Geoparque Mundial da Unesco será apresentada este ano “entre outubro e novembro, após o que será avaliada pela Unesco no início de 2026 e a decisão será conhecida em 2027”, disse Miguel Reis Silva, aludindo ao processo de alargamento, que engloba, além de Óbidos, o município de Alenquer, a Reserva Natural das Berlengas e uma faixa costeira marítima de 72 quilómetros.

Para o diretor executivo do geoparque, “estão cumpridos os critérios de continuidade geográfica e geológica” deste concelho com o restante território já englobado e onde, até setembro de 2022 já tinham sido identificados “80 geossítios”.

A estes juntar-se-á “a diversidade de temas que Óbidos tem”, afirmou o arqueólogo do município, Sérgio Pinheiro, exemplificando com o “património classificado, como o castelo, o pelourinho, a cidade romana ou a Igreja do Senhor da Pedra”, entre outros monumentos deste concelho, do distrito de Leiria.

Segundo o arqueólogo, “em 2003, Óbidos tinha identificadas 127 pegadas de dinossauro”, número que “já diminuiu devido à erosão”, mas conta ainda com “um vasto património geológico, como a Gruta Casa da Moura [na freguesia de Olho Marinho], nascentes de água termal ou um triplo de pegadas de dinossauro numa antiga pedreira”.

Afirmando que estes são exemplos das “contribuições tremendas” que Óbidos pode trazer para o Geoparque Oeste, o presidente da Associação Geoparque Oeste, João Serra, sustentou que, depois da candidatura que resultou no reconhecimento como Geoparque Mundial da Unesco, esta segunda candidatura, com vista ao alargamento “vai ser muito mais robusta” e “uma valorização para o território”.

O Geoparque Oeste engloba atualmente seis municípios, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras, numa área total de 1.154 quilómetros quadrados.

No território do Geoparque Oeste destacam-se a presença de rochas com idades desde o final do Triássico até ao Quaternário, maioritariamente terrenos do Jurássico, o que levou à descoberta de 13 espécies de dinossauros encontradas pela primeira vez nesta região.

O Geoparque Oeste é gerido pela AGEO – Associação Geoparque Oeste, constituída em 2018 pelos municípios do Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras.

Fevereiro 24, 2025 . 16:00

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