Rali de Portugal com novos percursos

O Automóvel Club de Portugal (ACP), a Turismo Centro de Portugal e os nove municípios que recebem este ano o Rali de Portugal assinaram esta quarta-feira, na Figueira da Foz, o contrato-programa que oficializa a passagem da prova na região Centro. A prova portuguesa que está confirmada no Mundial de Ralis, sendo a quinta do calendário do WRC 2025, vai para a estrada entre os dias 15 de 18 de maio e conta com novos percursos na edição deste ano. Ao todo, a edição 2025 do Vodafone Rally de Portugal terá 24 especiais de classificação, mais duas que em 2024, com as principais novidades a serem os troços de Águeda/Sever do Vouga e Sever do Vouga/Albergaria-a-Velha. Estes três municípios irão juntar-se, assim, aos de Arganil, Coimbra, Figueira da Foz, Góis, Lousã e Mortágua.
“Vai ser um rali muito bom, com troços diferentes”, afirmou Carlos Barbosa, agradecendo a entrada dos três novos municípios. Sobre a aposta na região Centro, o presidente do ACP afiançou que “o Centro tem as melhores classificativas do mundo” e que “é uma região com troços excecionais”, não só para os pilotos e as equipas, mas também para os amantes do desporto automóvel. “Penso que vai ser o melhor rali de sempre feito na região Centro”, destacou o responsável.
“Só podíamos apoiar o Rali de Portugal”, ressalvou por sua vez Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, tendo em conta o impacto que o evento tem trazido. “Um dos nossos desígnios é aumentar o número de dormidas e registámos um aumento da estada média de turista por cau­sa do rali”, referiu a responsável, dando conta que o impacto ao nível da estadia foi de uma média de 1.8 noites. “Espero que seja uma parceria que continue por muitos e bons anos”, salientou Anabela Freitas.
O entusiasmo da realização deste campeonato foi evidente entre todos os representantes dos municípios envolvidos. “Só por isto já vale a pena ser presidente da Câmara”, disse Pedro Lobo, autarca de Sever do Vou­ga, afirmando que “disse logo que sim” para o Rali de Portugal, por ver ali a oportunidade de levar para o município um evento que já não passava por lá há 27 anos. “Juntos somos mais fortes”, evidenciou por seu turno Ricardo Pardal, por se estar a renovar “uma parceria que tanto sucesso tem trazido”. Com compromisso assumido des­de 2019 e, garantindo que é para manter, o autarca de Mortágua explanou: “Queremos desenvolver e trazer gente à nossa região e promover o que de bom temos para oferecer”.
Entretanto, o vereador da Câmara Municipal da Lousã, João Santos agradeceu o empenho de todos os envolvidos, “o que torna fácil trabalhar”, e garantiu: “Tudo faremos para que o rali seja uma festa, uma festa das famílias e em segurança”. Já António Sampaio, autarca de Góis, almejou que o rali “continue a ser uma prova de referência” e referiu que o este evento “é um compromisso” que os “mantém unidos num propósito nacional”, enquanto Luís Paulo Costa, presidente da Câmara de Arganil, evidenciou que “é um privilégio conseguir reafirmar esta parceria”. Isto porque, considera que o rally “é uma prova determinante para afirmar o território” e que, no caso de Arganil, “é a cam­panha publicitária mais forte”.
“Queremos estar à altura des­te desporto que move massas”, sublinhou António Loureiro, autarca de Albergaria, comentando o entusiamo por, “30 anos depois, ter o rali novamente”.
O responsável aproveitou ainda a ocasião para agradecer o trabalho de responsabilidade social que o ACP desenvolveu na região após o flagelo dos incêndios. Já Jorge Almeida, autarca de Águeda, quis “dar os parabéns a quem escolheu o trajeto”, pois observou que “o sítio é fabuloso e os acessos são extraordinários”, o que para si será um troço que “vai marcar a prova”.
Por sua vez, Francisco Veiga, vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, aproveitou a ocasião para agradecer o trabalho desenvolvido por Pedro Santana Lopes em prol do distrito de Coimbra e brincou com o autarca da Figueira da Foz dizendo que “Coimbra não tem ser­ra, mas tem a partida”. Recorde-se que, à semelhança da edição de 2024, a partida oficial do Rali de Portugal volta a ser dada em Coimbra, acabando o primeiro dia com uma Super Especial Urba­na na Figueira da Foz.
O presidente do executivo figueirense, que foi o primeiro a assinar o contrato e o último a discursar, asseverou “ser uma honra para a Figueira da Foz receber novamente esta cerimónia” e evidenciou o quanto gosta de fazer parte desta equi­pa. Pedro Santana Lopes atestou ainda que a cidade “está em grande forma para receber esta marca de Portugal” e, por isso, disse que o “arranque a sério” do rali será na Praia da Claridade.