Portugal – Uma falsa democracia
Uma das razões que atormentou durante anos a governação de António Costa resultou da sua incapacidade de escolher colaboradores sérios e competentes, sendo longa a lista dos escolhidos que foram acusados pela justiça, ou pela opinião pública, de corrupção, de incompetência e de conflito de interesses. A frase “casos e casinhos” perseguiu António Costa durante os cerca de oito anos em que foi primeiro-ministro.
Acontece que a mesma doença já está a atacar o governo da AD e Luís Montenegro em apenas um ano já conta com um considerável número de casos e de suspeições de governantes a contas com a justiça, ou com a opinião pública e publicada, causa de um já razoável número de demissões. Assim, não será preciso fazer futurologia para prever que a doença vai continuar a atormentar o novo primeiro-ministro e o partido no poder.
Durante a governação de António Costa foi elaborado um código de conduta que ao tempo ninguém acreditou pudesse resolver a situação, seja porque era bastante superficial e porque se aplicado a todos os candidatos iria dizimar o que então chamei a grande família socialista. Recordo que o próprio presidente do partido tinha quase toda a família a depender de empregos no Estado. Por sua vez, Luís Montenegro nunca tentou recuperar o código, ou praticar as recomendações então feitas e a mesma doença está agora a atacar em força a credibilidade do governo. A doença virou epidemia.
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