
Ucrânia "absolutamente determinada a continuar a sua cooperação com os EUA"
O primeiro-ministro do governo de Kiev, Denys Shmygal, afirmou hoje que "a Ucrânia está absolutamente determinada a continuar a sua cooperação com os Estados Unidos".
Estas declarações de Shmygal surgem depois de a Casa Branca ter anunciado a suspensão da ajuda militar norte-americana, que é crucial para Kiev e o seu exército fazerem frente à invasão da Rússia.
"Os Estados Unidos são um parceiro importante e devemos preservá-lo", disse, numa conferência de imprensa em Kiev. "Faremos tudo para nos mantermos firmes", continuou Shmygal, enquanto o anúncio de Washington mergulha Kiev e os seus aliados europeus no desconhecido.
A Ucrânia está a "discutir" com os europeus a possibilidade de substituir a ajuda militar norte-americana e ao mesmo tempo está aberta a "negociações" com Washington, afirmou, por seu turno, um conselheiro do Presidente Zelenski
"Estamos a discutir opções com os nossos parceiros europeus", disse o conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podoliak na rede social X. "E, claro, não descartamos a possibilidade de negociações com os nossos homólogos norte-americanos", acrescentou.
A obtenção de garantias de segurança norte-americanas é "de importância existencial" para Kiev, mas também para a União Europeia, insistiu hoje o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, enquanto a Casa Branca anunciou a suspensão da sua ajuda militar à Ucrânia.
Denys Shmygal, na conferência de imprensa disse: "Precisamos e exigimos garantias de segurança concretas, tanto dos Estados Unidos como da Europa e dos países do G7. Isto é de importância existencial não só para a Ucrânia, mas também para a União Europeia".
A visita de Volodymyr Zelensky à Casa Branca na passada sexta-feira transformou-se num confronto verbal quando Donald Trump e o seu vice-presidente, JD Vance, acusaram o líder ucraniano de não estar grato pela ajuda norte-americana e de recusar conversações de paz.
O confronto levou o Presidente ucraniano a abandonar prematuramente a Casa Branca, sem assinar o previsto acordo sobre minerais.