
Inteligência Artificial é mote do projeto 'Revolution Hope Imagination'
A Inteligência Artificial (IA) é o tema da 7.ª edição do projeto multidisciplinar 'Revolution Hope Imagination' (RHI) que tem início na próxima quarta-feira, com passagem em 13 municípios até ao próximo dia 22.
O RHI é organizado pelo Arte Institute, criado em Nova Iorque, por Ana Ventura Miranda, em 2011, com o objetivo de “internacionalizar a arte e cultura portuguesa contemporâneas”, de “reunir artistas, agentes culturais e público em geral", "encontrar novas estratégias para a promoção nacional e internacional” de artistas portugueses, e debater "o futuro da cultura e das artes".
“O RHI é já uma iniciativa de trampolim para palcos internacionais" de artistas portugueses, ao reunir programadores em Portugal, "como uma espécie de ‘olheiros da cultura’, em busca de novos talentos", afirma a diretora do Arte Institute, Ana Ventura Miranda, em comunicado enviado à agência Lusa.
O evento, que conta com participações, entre outros, do cantor, escritor, compositor e produtor musical Chinaina, da gestora de projetos e produtora de conteúdos, com uma carreira de mais de 25 anos, Deca Farroco, vai acontecer em Braga, Cascais, Évora, Faro, Funchal, Leiria, Lisboa, Loulé, Nazaré, Porto, Torres Novas, Torres Vedras e Vidigueira, no distrito de Beja.
O projeto tem previstas várias conferências, mas também atuações artísticas, nomeadamente da Companhia de Ballet do Teatro Guaira, de Curitiba, no Brasil.
A "Inteligência Artificial para o Mundo das Artes" é um dos 'worhshops' que se realizará em Loulé, no próximo dia 18, e que vai debater como a IA pode ser uma ferramenta na criação artística, na gestão cultural e na ligação a novos públicos.
“A IA e a criatividade podem andar de mãos dadas?” é a questão que serve de ponto de partida para o encontro, que contará com a produtora audiovisual e gestora cultural Teresa Ugarte, presidente da rede de cinemas do Chile, com Sofia Martins, “com mais de 20 anos de experiência na criação, desenvolvimento e gestão de empresas”, e do realizador televisivo Tiago Alvarez.
Outro evento previsto, a 19 de março, na Vidigueira, é orientado pela artista Diana Aires e destina-se a crianças dos 6 aos 12 anos.
O objetivo é sensibilizar para a criação artística, “desde o prato, a horta ou um ramo até uma folha de papel". "Pretendemos criar composições com as diferentes cores e formas que se encontram na natureza, que serão reveladas aos poucos pelos raios ultravioleta” - processos artísticos “contaminados” pelo conhecimento científico, e que têm sido explorados “como forma de ligação com o nosso meio envolvente, procurando atentamente pigmentos e técnicas alternativas menos imediatas para fixar imagens, figuras e silhuetas em diversas superfícies”.
Diana Mordido Aires, especializada em Ourivesaria pela Escola Secundária Artística António Arroio, em Lisboa, estudou Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, é licenciada em Mediação Artística e Cultural pela Escola Superior da Educação de Lisboa, e tem desenvolvido uma carreira em torno das artes plásticas, com foco crescente no diálogo e no envolvimento do público na produção artística. Diana Alves tem colaborado com diferentes entidades de arte contemporânea, tendo estagiado no Atelier Concorde e na Casa das Histórias de Paula Rego.
A proposta do RHI é “repensar a cultura contemporânea”, num projeto “motivado pela necessidade de reinventar o diálogo entre artes e negócios, cultura e turismo”, “valorizando a produção artística" e criando "pontes entre artistas portugueses e projetos mundiais”.