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Cultura do mar confere a Peniche ‘título’ de Capital da Onda

Fortaleza alberga atualmente o Museu Nacional Resistência e Liberdade.

É a capital da onda, dos Bilros, onde fica localizada uma ilha património UNESCO e ‘dono’ de uma parte da História de Portugal. Falamos de Peniche, onde a natureza foi generosa. Com um recorte paisagístico invejável e praias a perder de vista, é ideal para qualquer visitante, seja para praticar desporto, cuidar da saúde, ou simplesmente passear.
Comecemos pela ‘Capital da Onda’, como é conhecida e que se tornou nos últimos anos uma das grandes apostas do município. As condições naturais, o clima e a proximidade geográfica fazem de Peniche o local ideal para surfar, mais concretamente a Praia de Supertubos, que tem feito parte do circuito mundial de grandes provas. Escusado será dizer que esta ideia permitiu o desenvolvimento de uma cultura do mar, na sua perspetiva mais moderna e de que são exemplo o Centro de Alto Rendimento de Peniche, escolas de surf ou mesmo roteiros e um número infindável de atividades.
Passemos agora ao património histórico e cultural. As imponentes fortificações e os monumentos religiosos conferem a Peniche um lugar na História, como são exemplo o Forte da Consolação, localizado em Atouguia da Baleia e que foi construído no contexto da guerra da Restauração da Independência, ou o Forte S. João Baptista, também designado Fortaleza das Berlengas, também mandado edificar para acabar com o domínio espanhol em território português. Em contexto de guerra, encontramos ainda o cartão postal de Peniche. Monumento nacional, a Fortaleza de Peniche foi mandada construir em 1557 por D. Luís de Ataíde e concluída em 1645, no reinado de D. João IV, a Fortaleza de Peniche apresenta uma planta estrelada irregular. Defendia a vila e o Porto e depois de ter servido as suas funções militares, funcionou como uma prisão política do Estado Novo. Atualmente, alberga o Museu Nacional Resistência e Liberdade. Do património histórico de Peniche fazem também parte o Centro Interpretativo da Atouguia da Baleia, a Rota das Igrejas que integra 11 templos, e a Escola de Rendas de Bilros, que mantém viva a cultura local.
É a pretexto da Escola de Rendas de Bilros que falamos de um outro ex-libris do concelho: as Rendas de Bilros, que todos os anos junta milhares de pessoas para participar na Mostra Internacional dedicada a este tipo de artesanato.
O evento representa uma homenagem à mulher rendilheira e à arte de tecer a renda de bilros e conta com a participação de comitivas estrangeiras. Trata-se de uma oportunidade para se deleitar com o dedilhar dos bilros de centenas de rendilheiras e para se deslumbrar com as novas aplicações desta arte nas áreas da moda, joalharia, calçado nacional, entre outras aplicações.

Março 12, 2025 . 16:20

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