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Marinha Grande: onde a indústria se funde com o património natural

Demonstração de fabrico é uma das atrações do concelho.

O mar, o pinhal e os recursos geológicos ofereceram, durante séculos, matérias-primas e combustível para diferentes tipos de indústrias localizados no concelho da Marinha Grande. E são os moldes, o plástico e o vidro os principais setores que ainda hoje subsistem e que constituem o motor do designado turismo industrial. Empreendedores abrem as suas portas para grupos de pessoas interessadas em conhecer a estrutura das unidades produtivas, a forma de produção e a tecnologia empregada.
As visitas são sistematizadas através de um roteiro específico. Os empresários criam espaços onde os turistas podem circular dentro das unidades, onde dão a conhecer o processo produtivo.
A história da Marinha Grande está intimamente ligada à indústria, fazendo por isso sentido que este território e o empreendedorismo que caracteriza as suas gentes sejam capitalizados também como produtos turísticos. E se agora é possível conhecer a indústria mais de perto, desde 1998, o Museu do Vidro reúne coleções que testemunham a atividade industrial, artesanal e artística vidreira portuguesa. Trata-se do único museu vocacionado para o estudo da arte, artesanato e da indústria vidreira no país.
Está localizado no antigo palácio dos irmãos Stephens, datado do século XVIII. Como complemento às exposições, as oficinas de demonstração de fabrico contam com a presença de artesãos e artistas do vidro que trabalham ao vivo.
A história do vidro funde-se com os moldes na Marinha Grande. Por volta de 1920, os empresários ligados ao setor do vidro começaram a perceber a necessidade de ir buscar outro tipo de materiais e injetá-los naquilo que já eram os moldes para vidro. Os brinquedos foram os primeiros a entrar na aventura. Esta viagem ao passado pode ser descoberta no espaço ‘Esculpir o Aço’, patente no Edifício da Resinagem.
As características do território permitiram a ascensão de várias indústrias, mas também permitem ainda hoje conhecer o património natural existente no concelho, a começar pelo Pinhal do Rei. Embora destruído pelas chamas em 2017, as matas nacionais estão a regenerar-se e ainda recordam a sua história com 700 anos.
Chegando à costa, são várias as praias que podem ser visitadas. S. Pedro de Moel é um dos quadros mais bonitos, não só pela sua paisagem como pela arquitetura das habitações. Destaque ainda para o farol de S. Pedro de Moel, com 33 metros de altura, o Penedo da Saudade, muito procurado pelos pescadores, e a Praia da Vieira, onde subsiste a arte xávega. É nesta praia que desagua o rio Lis.

Março 12, 2025 . 14:40

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