
Leiria afirma cultura na BTL
“Leiria é cultura”
Foi desta forma que a vereadora Anabela Graça vincou hoje a aposta do município nesta área, destacando a diversidade e a riqueza do panorama cultural da cidade.
Como forma de provar a riqueza cultural de Leiria, Anabela Graça deu como exemplo os mais de uma centena de projetos “apresentados este ano” pelos agentes culturais e pelo associativismo cultural.
Foi na BTL – Better Tourism Lisbon Market, onde Leiria é o município convidado deste ano que a vereadora apresentou esta manhã, ao público em geral, o projeto do Centro de Artes Villa Portela.
Previsto ser inaugurado entre o final de maio e o início de junho, Anabela Graça, começou por explicar que o edifício vai passar a ter uma nova e importante função ligada à arte contemporânea.
“Este palacete está na fase final da requalificação e é também uma forma do município preservar o património e nada melhor do que introduzi-lo no centro da cidade e reforçar a ligação com as pessoas”, salientou, convicta de que este será “sem dúvida uma referência na região centro e em Portugal”.
Segundo Anabela Graça, o laboratório criativo pretende assumir-se como “um espaço de experimentação e de ligação aos novos talentos e ser um espaço de residências artísticas”.
“Mais do que um espaço expositivo queremos que o Centro Villa Portella seja um espaço dinâmico e que os artistas sintam que é a sua casa”, explicou.
Agora requalificado, o jardim do Centro de Artes Villa Portela “vai ser estreado” pelo Festival A Porta, que vai decorrer entre 2 e 8 de junho, ocupando diversos espaços emblemáticos da cidade do Lis.
E também A Porta que mereceu destaque nesta manhã cultural no stand Visite Leiria. Mariana Lois e Alexandra Nogueira, do Festival A Porta, começaram por dar a conhecer a missão do evento em “levar vida ao centro histórico”, algo que “há onze anos não se verificava”.
Com o objetivo de “levar a comunidade à participação, promover a reflexão e a participação cívica das artes”, o Festival A Porta procura apresentar-se em lugares mais improváveis, como pátios ou palácios abandonados, como era o caso do Centro de Artes Villa Portela.
A Rua Direita, uma das artérias mais antigas e carismáticas de Leiria, esteve na origem d’A Porta e é para lá que regressa, retornando a um espaço que tem se tem assumido como inspiração identitária do festival.
E tal como a música, o Extramuralhas também não podia ficar de fora da agenda cultural da cidade e, por isso mesmo, regressa à cidade no seu formato “mais inclusivo” e mais aberto a todos como tem vindo a ser habitual. Tendo decorrido, literalmente, entre as muralhas do Castelo de Leiria, durante oito anos, o festival gótico ‘desceu’ à cidade e “abriu-se a todas as pessoas, de forma mais inclusiva”. Este ano não será diferente.
No stand Visite Leiria, o presidente da entidade organizadora, Fade In, o festival “dá oportunidade às pessoas que nunca tenham visitado Leiria de voltarem e de conhecerem outros monumentos”.
“O Festival Extramuralhas proporciona uma experiência sensorial uma vez que estabelece uma série de padrões estéticos pouco convencionais”, acrescentou Carlos Matos.
De 21 a 23 de agosto, o festival gótico regressa ao Jardim Luís de Camões e aos espaços culturais da cidade, como o Teatro José Lúcio da Silva, o Stereogun, e à Igreja da Misericórdia.
Continuando na área da música, a decorrer está o 43.º Festival de Música em Leiria, que decorre até 23 de abril, com inúmeros concertos musicais e dança. Vítor Lourenço, presidente do Orfeão de Leiria, entidade organizadora, destacou a programação diversa do festival, este ano sob o tema ‘Viagens’.
O evento OJL Jazz Session, da Orquestra Jazz de Leiria, comemora este ano uma década e vai decorrer entre 30 de junho a 5 de julho.
O diretor artístico da Orquestra Jazz de Leiria, César Cardoso também subiu ao palco para vincar que haverá dentro do evento várias atividades, nomeadamente, concertos didáticos para escolas e workshops para “os interessados a aprender a língua do jazz”.
Outro dos festivais que César Cardoso aproveitou para destacar é o Jazz no Centro Histórico, que decorre ao longo de todo o ano, em diversos espaços do centro Histórico de Leiria como é o caso da Praça Rodrigues Lobo e a Rua Direita.
Foi ainda apresentada a segunda edição do Festival Versátil, que decorre entre os dias 19 e 25 de maio, desta vez com uma proposta de reflexão sobre democracia e diversidade.
A curadora Isabel Lucas revelou na BTL o objetivo do evento em “trazer diálogo entre a literatura, os livros e as outras artes”.