
“A região Oeste sempre ofereceu condições interessantes e curiosas para profissionais das áreas criativas”
Nome: Ivan Barroso
Idade: 44 anos
Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha
Curso: Artes Plásticas
Ano de conclusão: 2006
Profissão: Game Designer
Porquê o Politécnico de Leiria?
A localização e a estrutura do curso foram as razões mais importantes para a minha inscrição no curso. Além disso, a região Oeste sempre ofereceu condições interessantes e curiosas para profissionais das áreas criativas.
Recorda-se do seu primeiro dia no Politécnico de Leiria?
Sim, foi em setembro de 2001. A ESTGAD estava naquele local há pouco tempo e o edifício era praticamente novo. Havia condições de trabalho excecionais e o ambiente era profundamente criativo e empolgante.
Quais as melhores memórias que guarda do tempo de estudante?
Tenho memórias muito positivas, desde os professores e auxiliares, até ao ambiente estudantil da ESAD.CR. Era caloroso, sentia-se a criatividade e a colaboração. Lembro-me de passar muitas horas nas salas de multimédia, nos ateliers de arte, de cerâmica e nos lde fotografia. Também me recordo das Caldas da Rainha, em 2004, se ter enfeitado de bandeiras portuguesas durante o Euro 2004. Trouxe um colorido particular à cidade.
Como foi o seu percurso profissional após o término do curso?
Depois de acabar o curso segui uma carreira na área criativa, em que se destaca, naturalmente, o meu percurso de Game Designer na indústria dos videojogos. Depois do curso, emigrei para a Sérvia, escrevi três livros sobre a Cultura dos jogos, fui nomeado representante do PlayStation® First em Portugal, júri especializado em jogos na Portugal Ventures, profissional certificado pela Ubisoft em Rational Game Design e autor de vários artigos científicos sobre o desenvolvimento e pedagogia em jogos. Anos mais tarde, surgiu a oportunidade, enquanto Alumni, em acrescentar valor ao curso de licenciatura em Jogos Digitais e Multimédia, tendo sido convidado para lecionar. Atualmente, estou a acabar o meu doutoramento em jogos.
E de que modo o Politécnico de Leiria contribuiu para a sua formação e carreira profissional?
Penso muitas vezes nisso. As condições para desenvolver as minhas competências, as pessoas que conheci, os percursos traçados, e as sinergias durante o curso… Tudo isso, que me apareceu enquanto jovem na ESTGAD, no final de cinco anos, saí dali como um adulto funcional e preparado para o mercado de trabalho.
Que competências considera serem mais relevantes para se ser um bom profissional?
Há quatro tipos de competências. As criativas, as técnicas, as sociais e as organizativas. De todas, as criativas são as mais exigentes, pois temos de demonstrar curiosidade e a eterna procura por respostas. Enquanto as técnicas e sociais vão-se desenvolvendo naturalmente ao longo do tempo, as organizativas são as que desenvolvemos com mais assertividade no espaço profissional.
Onde se vê daqui a 10 anos?
A continuar a trabalhar na indústria dos jogos e a colaborar com mais pessoas desta indústria, ajudando outros a fazer parte desta, com uma base sólida de conhecimentos, os quais possam tornar-se uma mais valia para os estúdios nacionais ou internacionais.
Que mensagem gostaria de deixar aos atuais e futuros estudantes do Politécnico de Leiria?
Não importa quantos anos tens, mas sim como aproveitas esses anos. Todos nós temos anos limitados neste espaço que ocupamos, façam-no para que, no final, a vossa presença tenha sido sentida positivamente na vossa vida e na de outros. O caminho faz- -se caminhando.