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Greve do setor vidreiro com balanço muito positivo

Federação admite uma segunda paralisação neste grupo do setor vidreiro, que esta semana cumpriu greve em várias empresas da Marinha Grande.

A Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM) fez hoje um balanço muito positivo da greve em três empresas da Vidrala, na Marinha Grande, e admite uma segunda paralisação neste grupo do setor vidreiro.

“O balanço que podemos já fazer, na reta final da greve, é que é um balanço muito, muito positivo”, afirmou à agência Lusa a coordenadora da FEVICCOM, Fátima Messias.

A greve, para “reclamar aumentos salariais dignos e a melhoria das condições de trabalho”, nas empresas Santos Barosa, Gallo Vidro e Vidrala Logistics, do Grupo Vidrala, na Marinha Grande, distrito de Leiria, começou na terça-feira e termina na manhã de sábado. Estas unidades têm cerca de 900 trabalhadores.

Segundo Fátima Messias, os “trabalhadores demonstraram a razão, a força e a determinação que os animou desde a primeira hora”, referindo que “foram noites e dias de uma permanência constante” junto às empresas, “a demonstrar, de facto, toda a razão que lhes assiste e as reivindicações que permanecem”.

A dirigente adiantou que foi pedido à Vidrala “uma reunião com caráter de urgência para a próxima semana” e, na última noite, os trabalhadores que estiveram nos piquetes de greve tomaram uma decisão, que passa por “avançar para um segundo período de greve” se o grupo “continuar a não alterar a sua posição”.

“Já solicitámos a reunião com caráter de urgência, para que a empresa entenda que não foi apenas uma greve só por fazer uma greve. Foi a demonstração de um grande e profundo descontentamento”, declarou, explicando haver matérias nas quais há necessidade de abrir discussão.

Além da “matéria salarial à cabeça”, a coordenadora referiu que “importa muito tratar das condições de trabalho”, destacando que o “trabalho por turnos, laboração contínua, é de uma grande penosidade”.

“Os trabalhadores têm também propostas a fazer à empresa sobre os subsídios de turno, sobre a melhoria de condições de trabalho, que vão ter de ser discutidos e analisados com muita, muita premência”, acrescentou a coordenadora da FEVICCOM.

Fátima Messias disse ainda esperar que “o Grupo Vidrala saiba ler os sinais que os trabalhadores deram nestes dias e que estão a dar ainda”.

Entre as reivindicações constantes nos três pré-avisos de greve estão aumentos de salários e de subsídio de refeição, atualização do subsídio de turno, 35 horas de trabalho semanais, prémio de produção ou mais dias de férias.

A FEVICCOM anunciou, entretanto, que a greve no setor vidreiro vai continuar na próxima semana, agora nas empresas do Grupo BA Glass.

“Vamos continuar no setor do vidro de embalagem com novas greves na próxima semana. Serão em três fábricas da maior empresa do setor do vidro de embalagem no nosso país, que é a BA Glass”, afirmou Fátima Messias à Lusa na quinta-feira.

A BA Glass tem unidades na Marinha Grande, Avintes (Porto) e Venda Nova (Lisboa) e, de acordo com a federação, têm mais de mil trabalhadores.

A paralisação decorre de terça-feira, 1 de abril, a 3 de abril, esclareceu a coordenadora, notando que, neste grupo, tem havido “ainda mais dificuldades porque recusa negociar, pura e simplesmente”.

Março 28, 2025 . 18:15

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