Nazaré candidata ao programa ‘Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas idosas’

A Câmara da Nazaré vai candidatar-se ao programa ‘Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas idosas’, na sequência de uma proposta da CDU, aprovada por unanimidade, face ao elevado índice de envelhecimento do concelho.
“Atualmente, o concelho da Nazaré apresenta um índice de envelhecimento de 205,8, um índice de dependência de idosos de 43,2 e um índice de longevidade de 45,9, valores que refletem uma tendência crescente do envelhecimento da população local”, alerta a CDU (PCP/PEV) na proposta. Por isso, defende a coligação, há “a necessidade de políticas públicas estruturantes para melhorar a qualidade de vida da população idosa e garantir um envelhecimento ativo e digno”.
Na proposta, a que a agência Lusa teve acesso, a CDU defende a candidatura do município da Nazaré ao programa “Cidades e Comunidades Am’gas das Pessoas Idosas’, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A proposta foi aprovada por unanimidade pelo executivo, liderado pelo socialista Manuel Sequeira e que conta ainda com mais três vereadores do PS, dois vereadores do PSD e um da CDU.
No texto, aprovado na última reunião de câmara, na segunda-feira, a CDU sublinha os beneficios da adesão ao programa, nomeadamente o facto de a Nazaré passar a contar com o apoio da OMS e de especialistas em envelhecimento, bem como do acesso a uma rede global de cidades comprometidas com a promoção de um envelhecimento saudável.
O programa incentiva investimentos na adaptação de diversas estruturas, facilita a obtenção de apoios financeiros, nacionais e internacionais, destinados a projetos inovadores de envelhecimento ativo, e promove a implementação de medidas estruturadas e de longo prazo para enfrentar os desafios do envelhecimento, assegurando qualidade de vida para as futuras gerações.
“Tendo em conta estes benefícios”, a proposta da CDU aponta como objetivos da candidatura da Nazaré a melhoria da acessibilidade urbana “para garantir mobilidade segura para todas as idades” e a criação de programas municipais de apoio domiciliário, acompanhamento médico e espaços de convívio intergeracionais.
O desenvolvimento de iniciativas que “incentivem a participação da população idosa em atividades culturais, desportivas e de lazer, fomentando o bem-estar físico e mental”, é outra das linhas defendidas na proposta, bem como a canalização de apoios a habitação adaptada e o inventivo a “projetos de reabilitação urbana e de apoio habitacional que garanta habitação segura e acessível para os idosos”.
Para a CDU, a candidatura deve ainda criar uma rede de participação e envolvimento comunitário, promovendo “espaços de diálogo entre os cidadãos seniores, entidades locais e a autarquia, garantindo a inclusão da população idosa nas decisões municipais”.
A proposta prevê a criação de um grupo de trabalho municipal para o envelhecimento ativo, responsável por coordenar a candidatura, e propõe a realização de um diagnóstico sobre as necessidades da população idosa e a criação de um Plano Estratégico para o Envelhecimento Ativo e Saudável, alinhado com as diretrizes da OMS.