Ninguém Está Acima da Lei: A Urgência da Honestidade e do Exemplo
Honestidade e responsabilidade não são apenas virtudes desejáveis, mas os pilares que sustentam a confiança numa sociedade. Quando olhamos para aqueles que ocupam lugares de autoridade – sejam eles políticos, líderes ou figuras públicas – o que esperamos é, acima de tudo, o exemplo. Mas será que estamos a exigir o suficiente daqueles que nos governam?
Os últimos anos trouxeram à tona casos que abalam essa confiança. Desde a polémica intervenção do Presidente da República no caso das gémeas luso-brasileiras, levantando dúvidas sobre os limites da sua posição, até às alegações de furto de malas envolvendo o deputado Miguel Arruda, do Chega. Quem não se lembra também dos escândalos que marcaram a carreira de José Sócrates, símbolo de uma corrupção sistémica que ainda ecoa na memória coletiva? Ou das decisões controversas de Pedro Nuno Santos, como a autorização de uma indemnização milionária via WhatsApp?
Estes casos, e tantos outros, não são apenas episódios isolados. São um reflexo de algo mais profundo: a falibilidade humana, que é transversal a todas as cores políticas e a todos os cargos. A falha não é exclusiva de um partido ou de uma ideologia, é intrínseca à condição humana. E, no entanto, mais do que os erros, o que verdadeiramente mina a confiança pública é a incapacidade de os reconhecer e corrigir.
Para continuar a ler este artigo
nosso assinante:
assinante: