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Agrupamento de escolas de Lisboa alerta para falta de assistentes operacionais
Três associações de pais do Agrupamento de Escolas Nuno Gonçalves, em Lisboa, alertaram hoje para a “grave falta de assistentes operacionais”, enviando uma carta aberta à Câmara de Lisboa exigindo o “reforço urgente” de meios.
Em declarações à agência Lusa, Hugo Evangelista, representante dos pais, explicou que tudo começou com o facto de o Ministério da Educação passar para as autarquias a competência da gestão dos assistentes operacionais do 1.º, 2.º e 3º ciclos, referindo que a Câmara Municipal de Lisboa “não está a substituir as pessoas que estão a ser reformadas”.
Além disso, Hugo Evangelista denunciou que os rácios de assistentes operacionais no Agrupamento é o “mínimo absoluto”, enumerando que em todas as escolas do agrupamento há falta de assistentes operacionais, o que está a comprometer a segurança das crianças e o funcionamento das escolas.
Segundo o responsável, na Escola Secundária Dona Luísa de Gusmão, por exemplo, os alunos estão a ser impedidos de ir para o pátio do recreio “porque não há assistentes operacionais para fazer a supervisão do espaço”.
Um outro caso, na Escola Básica Arquiteto Vítor Palla, a “vigilância feita nos recreios é prioritária à limpeza das salas e dos espaços comuns, estando sempre a ser protelada por falta de assistentes operacionais”, avançou.
Hugo Evangelista lembrou ainda que as pessoas que se reformaram em setembro, até ao momento ainda não foram substituídas, explicando que a CML abriu um concurso em “meados de novembro” para assistentes operacionais, mas que o mesmo ainda não terminou.
“Estamos em fevereiro e as pessoas que saíram em setembro ainda não foram substituídas. Isto está a causar uma situação de stress e de sobrecarga para as assistentes operacionais que tem um impacto na maneira como elas se relacionam com as crianças e no estado em que a escola pública é deixada”, alertou.
Por toda a situação, as associações endereçaram uma carta aberta à Câmara de Lisboa, na qual “exigem reforço urgente de assistentes operacionais e um novo processo de contratação para responder às necessidades reais”.
Na missiva, os pais reconhecem e valorizam o “esforço e dedicação das e dos assistentes operacionais, mesmo em condições tão adversas”, revelando que o trabalho destes profissionais contribui para que as escolas do agrupamento “continuem a ser espaços seguros, afetivos e felizes para todas as crianças”.
Pedem ainda a indicação do número de vagas previstas para serem alocadas ao Agrupamento de Escolas Nuno Gonçalves no âmbito do atual processo para a contratação de assistentes operacionais, identificando o número por escola contemplada.
Por outro lado, defendem a abertura de um novo processo concursal que permita o reforço efetivo do número de assistentes operacionais, de acordo com as necessidades reais do agrupamento.
“Confiamos que a Câmara Municipal de Lisboa, em colaboração com as entidades competentes, tomará as medidas necessárias para resolver esta situação com a urgência que ela exige”, pode ler-se ainda na carta aberta.
A Lusa pediu um esclarecimento à Câmara de Lisboa sobre a situação, aguardando ainda resposta.