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Alunos desenvolvem projeto para mitigar a escassez de água

O projeto procura mitigar a escassez de água e melhorar a qualidade da mesma na região de Fátima e na nascente do rio Lis, em Leiria.

Os alunos do Colégio de São Miguel, em Fátima, estão a desenvolver um projeto que pretende mitigar a escassez de água e melhorar a qualidade da mesma naquela região e na nascente do rio Lis, em Leiria.
O professor coordenador do projeto, Álvaro Madureira, realçou que, com as alterações climáticas tem-se verificado o “aumento dos períodos de seca” e a diminuição da precipitação, na região de Fátima.
“Nesta região, domina o calcário que se encontra carsificado com grutas e rios subterrâneos. Não existem cursos de água à superfície, pois esta infiltra-se rapidamente pelas fraturas, pelos algares e pelas dolinas. Em profundidade, formam-se grandes reservatórios de água que alimentam, a uma cota inferior, os rios Lis, Almonda e Alviela e, na zona de Ourém, o rio Nabão”, explicou Álvaro Madureira, acrescentando que perante a situação de escassez de água à superfície, durante os meses mais secos, “os animais não têm pontos para saciarem a sua sede, provocando, por vezes, a sua morte”.
O projeto engloba um planalto calcário, entre os concelhos de Ourém e de Leiria e entre as freguesias de Fátima e de Santa Catarina da Serra e Chainça. Segundo Álvaro Madureira, todos “são poucos para debelar este problema de escassez e contaminação dos recursos hídricos”.
Numa nota informativa, o professor coordenador do projeto elencou algumas das atividades desenvolvidas e a desenvolver no projeto, como a identificação de “lixeiras selvagens, a fim de recolher os resíduos para que não sejam contaminados os aquíferos calcários no planalto de Fátima”, o “mapeamento dos pontos de contaminação através da aplicação google Earth, o aproveitamento de água pluvial dos telhados do Colégio e a construção de bebedouros para as aves”.
Também a “construção de um pequeno lago, nos espaços do colégio, alimentado pelas águas pluviais recolhidas nos edifícios”, a recolha de pilhas para não “contaminar o aquífero livre do planalto de Fátima” e a promoção de viveiros de árvores autóctones “mais resistentes à escassez de água para os alunos plantarem em zonas ardidas” são outras das atividades integradas no projeto, tal como a construção de placas em madeira para a identificação das espécies vegetais e a criação de um ecolabirinto.
O projeto contempla ainda as análises à água, a visita ao laboratório dos SMAS - Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Leiria, a análise da composição química e bacteriológica das amostras de águas recolhidas e de alguns parâmetros das águas recolhidas no laboratório de Biologia/Química, bem como a promoção da plantação de árvores micorrizadas (azinheiras e carvalhos) com trufas negras.
No projeto intervêm os alunos do Colégio de São Miguel, os encarregados de educação, as câmaras de Ourém e Leiria, os SMAS de Leiria, a Junta de Freguesia de Fátima, a União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, a empresa Be Water, a Escola Electrão (recolha de pilhas e a ABAAE – Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (Eco-Escolas).

Março 26, 2025 . 13:00

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