Ordem dos Médicos manifesta apoio às populações afetadas
A Ordem dos Médicos (OM) manifestou hoje “total disponibilidade” para apoiar as populações afetadas pelos incêndios em Portugal continental e as equipas de socorro no terreno, referindo que está “a acompanhar a situação em permanência”.
De acordo com a OM, a exposição foi feita junto do Presidente da República, primeiro-ministro, Ministério da Saúde, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e Liga dos Bombeiros de Portugal (LBP).
“Através do seu Gabinete de Apoio Humanitário (GAHOM), a OM está a acompanhar a situação em permanência e está disponível para apoiar as equipas no terreno, caso seja solicitado”, adiantou a Ordem em comunicado.
Assim, entidade mostra “a sua total disponibilidade para apoiar, com os meios ao seu alcance e em articulação com as autoridades nacionais e locais, as populações afetadas pelos incêndios”.
Enaltecendo o trabalho das autoridades, a OM demonstrou “total confiança no trabalho dos operacionais que estão no terreno”, reforçando que os médicos “estão solidários e presentes” para “prestar o apoio necessário” nos próximos meses, que “serão difíceis para as populações afetadas”.
“Queremos transmitir uma mensagem de apoio, de esperança, em nome de todos os médicos, às populações afetadas pelos trágicos incêndios que assolam o país, expressando as nossas sinceras condolências aos familiares e amigos das vítimas”, referiu o bastonário da OM, Carlos Cortes, citado no comunicado.
A Ordem dos Médicos recomendou ainda “que se evitem deslocações desnecessárias nas áreas afetadas, a ingestão frequente de água e o uso de máscara no exterior em zonas de maior concentração de fumo, especialmente para portadores de doença respiratória”.
A entidade acrescentou que, através da GAHOM, está a desenvolver um plano formativo para médicos em Medicina de Catástrofe e Autoproteção, que permitirá que mais profissionais tenham formação específica em situações de emergência, e irá promover a criação de um banco de voluntariado médico.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabiliza cinco mortos nos incêndios não contando as duas pessoas que morreram de morte súbita durante os fogos.
Cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.