Agência deteta interferência estrangeira com recurso a IA nas eleições dos EUA
As autoridades norte-americanas anunciaram que estão a monitorizar agentes estrangeiros, incluindo da China, Rússia e Irão, que usam Inteligência Artificial (IA) para interferir nas eleições presidenciais de novembro.
Para o Centro de Influência Maligna Estrangeira (CI), há agentes estrangeiros que estão a recorrer a IA para interferir nas eleições presidenciais norte-americanas, marcadas para novembro, apesar de não haver evidência de que esta tecnologia tenha revolucionado a prática de interferência.
“O risco para as eleições nos EUA de fontes estrangeiras com capacidade de gerar mensagens de IA existe”, conclui a agência, num comunicado divulgado na segunda-feira, admitindo que essa prática ainda não foi concretizada por receio de os agentes serem facilmente detetados.
As autoridades dos Estados Unidos admitem que estão a monitorizar ações oriundas do Irão e da Rússia e que este último foi quem gerou a maior parte do conteúdo de IA relacionado com o processo eleitoral norte-americano.
“Esses conteúdos incluem mensagens geradas por IA sobre figuras proeminentes dos EUA e são consistentes com os esforços mais amplos da Rússia para impulsionar a candidatura do ex-Presidente Donald Trump e de denegrir a vice-Presidente, Kamala Harris, e o Partido Democrata.
A estratégia passa, essencialmente, por produzir narrativas conspirativas, denuncia a agência, que também detetou a prática de incentivar a polarização política entre o eleitorado norte-americano.
As autoridades norte-americanas também detetaram interferência por parte da China, que “está a utilizar a IA em operações de influência mais amplas que procuram moldar a visão global de Pequim e amplificar questões políticas divisórias nos EUA”, mais do que tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais que se realizam no dia 05 de novembro.