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João Almeida inserido numa equipa de elite motivada para discutir Mundial de Estrada

A corrida de elite terá 273,9 quilómetros com um acumulado de subida na ordem dos 4470 metros.

Portugal vai alinhar, neste domingo, com um bloco de seis corredores na prova de fundo para elite do Campeonato do Mundo de Estrada, em Zurique, Suíça, tendo a ambição de estar na discussão dos primeiros lugares.

A experiência e a qualidade dos corredores convocados por José Poeira autorizam a ambição. “São ciclistas com muita experiência e que têm demonstrado, ao longo da carreira, que conseguem bater-se com os melhores do mundo. O João Almeida está bem e motivado para lutar pelos primeiros lugares. O Rui Costa é um grande especialista neste tipo de corridas. O Nelson Oliveira é um corredor de excelência. O Ivo e o Rui Oliveira são exímios na colocação dos líderes e, proporcionando-se, podem também assumir protagonismo. O Afonso Eulálio é o menos experiente, mas também tem condições para cumprir bem a missão”, analisa o selecionador nacional.

A corrida de elite terá 273,9 quilómetros com um acumulado de subida na ordem dos 4470 metros. A partida será dada em Winterthur, às 9h30, a chegada acontecerá em Zurique, onde o pelotão masculino de elite irá cumprir sete voltas e meia ao exigente circuito de 26,9 quilómetros.

Ainda antes da entrada no circuito será preciso ultrapassar o Kyburg, um “muro” com 1200 metros de extensão, inclinação média de 12 por cento e rampas de 16 por cento. Já dentro do circuito, a subida que se tem revelado mais determinante nas provas entretanto realizadas é que está colocada em Zürichbergstrasse, uma rampa com 1100 metros de distância, oito por cento de inclinação média, mas trechos que tocam os 15 por cento. Existe ainda uma segunda subida, Witikon, com 2300 metros a 5,7 por cento de inclinação média.

José Poeira acredita que a primeira seleção forte acontecerá na primeira volta dentro do circuito. “Haverá uma guerra muito grande pela colocação para a primeira subida dentro do circuito. Aí é provável que o pelotão se parta. É importante estar bem posicionado, para, quando partir, seguirmos nas posições da frente. A partir dessa seleção, a corrida estabilizará e depois será uma questão de capacidade física e de inteligência na leitura da corrida”, antecipa o responsável técnico.

João Almeida concorda que a colocação será uma das chaves para um bom resultado. “Estar bem posicionado é um dos fatores mais importantes e, depois, é importante não gastar muita energia ao longo do dia para ter o máximo reservado para o final”, considera o corredor.

O caldense aproveitou a semana de trabalho na Suíça, entre o contrarrelógio e a prova de fundo, para reconhecer o circuito inicial assim como o de Zurique. Na sua avaliação “vai ser uma corrida dura, há muitas zonas bastante estreitas, subidas inclinadas e bastante explosivas. As zonas técnicas não são nada de especial e, felizmente, prevê-se estrada seca. Haverá sempre luta pela posição, será uma corrida rápida, a  seleção vai-se fazendo e, no final, será um conta-gotas”.

“Tenho um bom ‘feeling’, sinto-me bem na bicicleta. Espero fazer uma boa corrida, estar na frente e, quem sabe, procurar uma oportunidade. Vamos vendo com o passar dos quilómetros, mas temos uma equipa forte e podemos fazer todos uma boa corrida”, conclui Almeida.

O benjamim da equipa é Afonso Eulálio, que se apresenta feliz pela oportunidade. “Foi com muita alegria que recebi a convocatória. Já tinha representado a Seleção em sub-23, mas é a minha estreia em elite e vestir as cores nacionais é sempre um motivo de orgulho”, confessa o corredor.

Afonso Eulálio destaca a oportunidade de pedalar no mais alto nível competitivo. “Vai ser tudo uma novidade para mim. Nunca estive num Campeonato do Mundo, muito menos em elite. O percurso é muito longo e duro, os adversários são os melhores do mundo, mas temos uma equipa boa e ajudarei no que puder para o trabalho coletivo”, garante o ciclista, que teve de fazer preparação específica para o Mundial.

“É uma prova diferente, porque as corridas em Portugal não têm distâncias tão longas, mas, desde que soube que estava convocado, tentei preparar-me da melhor maneira”, revela.

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