Festival de LEFFEST propõe em novembro "os filmes mais importantes do ano"
O festival de cinema LEFFEST vai mostrar em novembro, em Lisboa, “os filmes mais importantes do ano”, lembrará a “situação absolutamente inaceitável” na Palestina, e inclui uma exposição do artista plástico Carlos Cobra, revelou hoje o diretor, Paulo Branco.
Em conferência de imprensa, Paulo Branco apresentou a 18.ª edição do Lisboa Film Festival – LEFFEST, a decorrer de 8 a 17 de novembro, que cruza o cinema com outras artes e que este ano se estenderá por seis espaços, incluindo o cinema São Jorge e o MUDE – Museu do Design de Lisboa, recentemente reaberto.
Sobre a programação de cinema, Paulo Branco explicou que conta com 140 filmes, muitos dos quais exibidos e premiados este ano nos principais festivais de cinema, como os que foram escolhidos para a dupla abertura oficial do LEFFEST: “The room next door”, de Pedro Almodóvar, e “The Brutalist”, com a presença do realizador, Brady Corbet.
Entre os cerca de cem convidados do LEFFEST deste ano, também foi anunciada a presença do realizador iraniano dissidente Mohammad Rasoulof, para estrear “A semente da figueira sagrada”, assim como o regresso do canadiano David Cronenberg e do ator Viggo Mortensen, na qualidade de realizador do filme “The dead don’t hurt”.
Os cineastas Thomas Vinterberg, Léos Carax e Jonás Trueba também deverão estar em Lisboa, assim como o realizador Sol de Carvalho e o escritor Mia Couto, ambos de Moçambique, a propósito do filme “O ancoradouro do tempo”.
No diálogo com outras artes e com a atualidade, o diretor artístico do LEFFEST programou um ciclo para refletir sobre “a situação absolutamente inaceitável” na Palestina, com filmes, uma leitura de poemas da antologia “Se eu tiver de morrer – Poesia de Resistência Palestiniana - Sec XXI” e o concerto “Make Freedom Ring”, para angariação de fundos para a Médicos Sem Fronteiras. No Teatro do Bairro estará patente uma exposição do artista visual de Gaza Khaled Jarada.
Um outro ciclo temático será sobre a difusão massificada de imagens de guerra, seja nos media tradicionais seja nas redes sociais, com uma exposição de fotografias de Marie-Laure de Decker e de Noel Quidu, no ginásio do Liceu Camões, e com conversas com realizadores e jornalistas.