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Aumento das possibilidades de pesca para 2023 agrada a pescadores do cerco


Foto: LFC/Arquivo Quarta, 14 de Dezembro de 2022

A Associação Nacional das Organizações da Pesca (ANOP) do Cerco mostrou-se agradada com o aumento das possibilidades de pesca para 2023, nomeadamente na pescada, tamboril e carapau.

O presidente da ANOP Cerco, Humberto Jorge, disse à agência Lusa que as decisões alcançadas pelo Conselho das Pescas da União Europeia esta terça-feira “são satisfatórias, na medida em que a proposta da Comissão foi revista para melhorar e no geral as quotas para Portugal se mantêm ou aumentam”.

O responsável deu os exemplos da pescada, tamboril e carapau, no que respeita ao aumento das capturas.

Humberto Jorge sublinhou ainda que as decisões são baseadas em pareceres científicos, que têm vindo a demonstrar que “o estado dos recursos está em boa situação e permitem uma exploração como os pescadores desejam”.

Na mesma perspetiva, os pescadores do Cerco esperam que as capturas de sardinha, decididas entre Portugal e Espanha, voltem a aumentar para 2023.

Os ministros das Pescas da UE chegaram hoje a acordo sobre as possibilidades de pesca para 2023, no Atlântico e no Mediterrâneo, e até 2024 para as espécies de águas profundas, em águas geridas pelo bloco.

No que respeita à pescada, após os ministros da tutela da UE terem chegado hoje a um acordo, os totais admissíveis de capturas (TAC) para Portugal aumentam 103%, passando a quota para as 4.645 toneladas, com o tamboril a crescer 12% para as 689 toneladas, o areeiro 33%, para as 92 toneladas, e o carapau 15%, para as 117.126 toneladas.

Depois de dois dias de negociações, que incluíram uma ‘direta’ de quase 24 horas, o Conselho da União Europeia conseguiu fechar um acordo sobre os totais admissíveis de captura e as respetivas partições para 2023, e que se estende a 2024 para as espécies de águas profundas, como o goraz e o peixe-espada.

Falta ainda conseguir um acordo com o Reino Unido e a Noruega para 'stocks' partilhados.



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